Na terça-feira passada, o dono de um lava-jato em Maringá foi rendido por guardas municipais na frente da empresa dele.
Vídeos que circularam pelas redes sociais mostram vários guardas tentando algemar o comerciante, que acaba desmaiando.
No dia seguinte, o comerciante disse à CBN que foi acusado pelos fiscais da prefeitura de descumprir o decreto de isolamento social. Adriano Rosa alegou que não estava trabalhando.[ouça no áudio acima]
Em nota oficial, o prefeito lamentou o ocorrido, disse que não tolera violência e que uma sindicância interna iria apurar a ação dos agentes.
Em um áudio que teria vazado na internet, o prefeito determina ao secretário de Segurança que a Guarda Municipal seja recolhida.
A CBN tentou por mais de uma vez falar com o secretário de Segurança de Maringá para ouvir a versão dos guardas envolvidos no episódio.
Mas não conseguimos. A prefeitura informou que só iria se pronunciar por meio de nota.
Agora um advogado contratado pelos guardas municipais vem a público para dar voz aos agentes.
Fausto Mocchi explica o que aconteceu naquele dia na versão dos guardas que estavam lá.
O advogado diz que a manobra aplicada ao comerciante, que numa das imagens aparece com a face avermelhada, como se estivesse sufocando, é um procedimento padrão, aprendido na academia e utilizado para imobilizações.[ouça no áudio acima]
Segundo o advogado, os agentes estão sendo ameaçados nas redes sociais.
Os guardas avaliam que foram “abandonados” pelo prefeito que teria dado mais crédito à versão do comerciante. [ouça no áudio acima]
O comerciante foi indiciado pelos crimes de desacato, resistência, dano ao patrimônio público e infringir determinação do poder público.
A CBN está tentando contato com a prefeitura para comentar o assunto.
Atualização[13/04 às 9h30]: Contatada, a Prefeitura de Maringá informa que um procedimento administrativo foi instaurado. Durante sindicância, os envolvidos terão ampla oportunidade de esclarecer os fatos.