Em conversa com a CBN nesta quinta-feira (15), a advogado Áureo Tupinambá Filho, um dos responsáveis pela defesa do traficante de drogas André do Rap, confirmou que esteve em Maringá no sábado (10). Segundo o defensor, ele e o cliente vieram a cidade após o criminoso ter sido solto da penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo naquele dia. Tupinambá Filho, entretanto, afirmou não ter havido nenhum plano de fuga e que não tem contato com André do Rap desde domingo (11)
Considerado um dos chefes de uma facção criminosa, André Oliveira de Macedo, de 43 anos, conhecido como André do Rap, estava preso desde setembro de 2019. Ele deixou a prisão após ter recebido um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. A decisão mobilizou a Corte; horas depois, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, suspendeu a decisão, determinando o retorno do traficante ao sistema penitenciário.
Desde então, André do Rap está foragido. Uma das informações que têm sido divulgadas é a de que ele veio a Maringá, no noroeste do Paraná, no sábado. Daqui, pegou um avião particular e foi para outro país. A Polícia Federal e a direção do aeroporto da cidade não confirmam a informação. A PF diz que as investigações continuam.
Nesta quinta-feira (15) a afiliada da TV Globo em Maringá divulgou com exclusividade imagens que seriam do automóvel do advogado. A CBN não conseguiu acessar esse material, mas confirmou que há ao menos três registros indicando que Áureo Tupinambá esteve na cidade entre sábado (10) e segunda-feira (12).
O advogado informou que ele e o cliente vieram a Maringá porque é a cidade com aeroporto mais próximo. A distância entre Maringá e Presidente Venceslau é de 225 quilômetros. De Presidente a São Paulo, 611 quilômetros.
Daqui, pegariam um voo para São Paulo (SP). Isso foi discutido no sábado. A partir de domingo,o advogado não teve mais contato com o cliente. Tupinambá chamou de ‘folclore’ essa história de que havia um plano de fuga. [ouça no áudio acima]
André do Rap foi preso em uma operação, em 2019. Ele estava em um condomínio de luxo em Angra dos Reis.
Diversas forças policiais estão em busca do traficante. O nome dele foi colocado na lista da Interpol.
A decisão de manter o traficante preso foi levada ao plenário do STF. A maior parte dos ministros concordou com a manutenção dessa medida, nessa quarta-feira (14).
Entre outros crimes, André do Rap é condenado por tráfico internacional de drogas.