A Prefeitura de Maringá vai abrir sindicância para investigar os 102 servidores que mais fazem horas extras. A lista leva em conta o período de novembro de 2017 a abril de 2018. Todos eles fizeram mais de 100 horas extras. Teve servidor que fez 177 horas extras por mês, em média. É como se a pessoa trabalhasse o dobro do que trabalha por mês. A investigação interna começa neste mês por meio de uma comissão específica.
Segundo o secretário de Recursos Humanos, César França, na sindicância o servidor vai ter de explicar os motivos das horas extras. Se houver justificativa, a sindicância será arquivada. Caso contrário, um processo será aberto, podendo o servidor ter de ressarcir os cofres públicos.
Não há prazo para o término da sindicância. As áreas com maior número de servidores são saúde e serviços públicos.
Os trabalhos para reduzir as horas extras começaram em janeiro deste ano. Ao longo do ano foram pagos 13 milhões e 300 mil reais em horas extras. No mesmo período de janeiro a agosto de 2017, foram 11,3 milhões, um aumento de 17%.
O corte de despesas de horas-extras é uma medida do município para cortar gastos e reduzir o custo com o pessoal, que ficou em 49% no primeiro quadrimestre.
Entre outras medidas, a Prefeitura criou o banco de horas, que começa a funcionar em outubro. Por meio dele, a secretaria de Recursos Humanos quer saber previamente quem vai fazer hora extra e o motivo.
O limite máximo de horas extras mensais fixado pelo decreto é de 30 horas. Mais do que isso deve haver comunicação ao RH. O servidor poderá tirar dias de folga ou receber a quantia em hora extra, mas tudo isso tem de passar pelo Recursos Humanos.
A Prefeitura também criou neste ano uma lei de diárias para servidores para tentar reduzir os gastos com horas extras.