Troca de gestão na Cuia gera reclamação

Alunos dizem que nova equipe não conhece demandas dos estudantes indígenas. Pró-reitoria de ensino explica que é preciso mudar o foco de trabalho da Comissão Universidade para os Índios. Sem um acompanhamento pedagógico, há casos de estudantes indígenas que estão há mais de dez anos na UEM e não conseguem se formar.

A recepção aos calouros indígenas da UEM nesta quinta-feira (7) não foi só alegria. A apresentação dos novos integrantes da Cuia, Comissão Universidade para os Índios, pegou acadêmicos veteranos de surpresa e causou mal-estar. A presidente da Associação dos Universitários Indígenas Arieli Knop diz que os estudantes indígenas indicavam os integrantes. A saída da antiga gestão está causando transtornos para os alunos.

A pró-reitora de Ensino, Leila Pessoa Da Costa, diz que a antiga gestão deixou os cargos por conta própria por não concordar com as mudanças que estão sendo implantadas. Uma delas é o acompanhamento pedagógico para ter certeza que os alunos estão aprendendo. Muitos têm dificuldades e não conseguem avançar. Alguns estão até jubilados, ou seja, há mais de dez anos na UEM.

Os estudantes indígenas que cursam a UEM recebem uma bolsa auxílio que varia de R$ 900 a R$ 1.300, caso tenham filhos. A reitoria informou que não há atraso no pagamento das bolsas.