Prefeito assina outro decreto, agora preservando área reservada à estação rodoferroviária
Imagem Ilustrativa/Foto: Luciana Peña

Aeroporto

Prefeito assina outro decreto, agora preservando área reservada à estação rodoferroviária

Economia por Luciana Peña em 29/08/2019 - 13:13

Nessa quarta-feira (28), a CBN informou que o prefeito Ulisses Maia havia assinado um decreto reduzindo a área do entorno do aeroporto de Maringá, que passou de 300 para 161 alqueires. Um novo decreto volta atrás em parte da área, que futuramente vai abrigar a estação rodoferroviária. O entorno de um aeroporto é um ativo importante, decisivo no desenvolvimento econômico de uma cidade. Londrina, por exemplo, está correndo contra o tempo para ampliar o entorno e participar do processo de privatização dos aeroportos do Governo Federal.

Em 2014, um decreto municipal tornou utilidade pública uma área de 300 alqueires ao redor do Aeroporto Regional Silvio Name. Era o início de um projeto ambicioso: a instalação do Polo Aeronáutico de Maringá. Mas de lá para cá nenhuma indústria do setor se instalou no local. Os donos dos lotes ficaram com o patrimônio parado.

A CBN conversou com uma proprietária de terras. Ela não gravou entrevista, mas disse que a família espera uma definição da prefeitura porque desde o decreto de interesse público com vias de desapropriação a propriedade acumula prejuízos. Ela disse que do outro lado do aeroporto um alqueire de terra já está valendo um milhão de reais. Esta semana um decreto municipal retirou o status de utilidade pública de parte da região e manteve a condição para 161 alqueires. O prefeito Ulisses Maia disse que é o suficiente para a expansão do aeroporto nos próximos 50 anos.

Mas o Codem, Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá, ao analisar a nova área de utilidade pública, percebeu que o terreno destinado à futura estação rodoferroviária tinha ficado de fora. O presidente do Codem, José Roberto Mattos, questionou a prefeitura.

Um novo decreto foi assinado para reverter a situação, preservando o terreno onde será a estação rodoferroviária. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pelo superintendente do aeroporto, Fernando Rezende. A preocupação dos empresários é com o futuro daquela região. Luiz Fernando Ferraz era presidente do Codem quando o decreto original foi assinado.

O empresário Ariovaldo Costa Paulo diz que concorda com a liberação de áreas que não serão necessárias, mas preocupa-se com a finalidade a que serão destinadas.

O Plano Diretor está em processo de revisão. E com o decreto passará a se preocupar também com os mais de cem alqueires liberados no entorno do aeroporto. O presidente do IPPLAM, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá, Edson Cardoso, diz que o plano vai respeitar as restrições já determinadas, uma vez que a região está na faixa de segurança aeroportuária.

Enquanto isso, outros aeroportos tentam driblar obstáculos para aumentar a área do entorno. É o caso do aeroporto de Londrina. O prefeito de lá assinou este mês um decreto criando uma área de utilidade pública e ampliando a Zona Especial Aeroportuária, num total de 520 alqueires. A pretensão é participar do processo de privatização de aeroportos lançado pelo Governo Federal, mas em Londrina a dificuldade é que o entorno do aeroporto está ocupado por construções residenciais. Um erro lá do passado que tenta ser corrigido agora.

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