Movimento negro e indígena realiza ato domingo (07), mas teme retaliação
Grupos sociais, incluindo de indígenas, quer chamar a atenção para a morte das minorias no Brasil e no mundo (Foto: Divulgação)

Em Maringá

Movimento negro e indígena realiza ato domingo (07), mas teme retaliação

Cidade por Victor Simião em 05/06/2020 - 18:29

Grupos sociais, incluindo de indígenas, quer chamar a atenção para a morte das minorias no Brasil e no mundo. Casos mais recentes incluem o de um homem negro morto pela policia. Em Maringá, páginas que divulgavam o ato foram derrubadas na internet.

As recentes mortes do adolescente João Pedro, de 14 anos, no Rio de Janeiro, e de George Floyd, nos Estados Unidos, tem duas coisas em comum. Ambos eram negros e foram assassinados pela polícia. Essas mortes, e outras que têm ocorrido no Brasil e no mundo, mobilizaram movimentos sociais em Maringá, que pedem o fim do extermínio das minorias negras e indígenas.

Eles marcaram um ato para domingo (07), às 15h, na Praça da Catedral. A organização está com medo de retaliação. Isso porque a página deles no Facebook foi derrubada e surgiram conversas de que pessoas poderiam ir até o local e causar tumulto.

Um dos motivos para haver essa interpretação é o fato de que para domingo existem atos marcados em cidades no Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro.

Uma das organizadoras da ação em Maringá disse que o ato é para falar sobre a morte dos negros e indígenas, sem relação com partidos políticos. Em entrevista à CBN, ela pediu para não ser identificada por estar com medo nesse momento. [ouça no áudio acima]

Nesta semana, uma criança de cinco anos, Miguel Santana, um garoto negro, morreu em Recife, Pernambuco. No momento do acidente, ele tinha sido deixado pela mãe, doméstica que caminhava com o cachorro dos patrões. E aí, caiu do nono andar. A patroa foi presa em flagrante. E acusada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Há o mito da democracia racial, mas não existe isso: as minorias são estigmatizadas, diz uma das organizadoras do ato. [ouça no áudio acima]

Embora haja o coronavírus, a organização do ato avaliou que o isolamento social é um privilégio para quem pode ficar em quarentena. Em razão disso, no local haverá procedimentos para garantir o distanciamento entre os participantes e a proteção individual das pessoas.

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