Conflitos propagados

As guerras estão propagadas e se expressam com roupagens ideológicas das mais diversas. Algumas até sem qualquer ideologia. Muitas se dizem fundadas em reivindicações ancestrais. Buscam no passado a justificativa para as ações de violência que praticam.

O nacionalismo é usado em alguns destes conflitos como o fator determinante. A terra prometida, o povo original, ou a fé suprema. Há os conflitos cotidianos pela sobrevivência. A busca de se manter o controle de ambientes urbanos para a promoção da criminalidade.

Tanto as guerras de aparência convencional como os conflitos urbanos fazem muitos mortos. A maioria são civis inocentes. Exatamente aqueles que não querem o conflito, são contra a violência praticada, acabam se tornando o principal alvo.

Agora o alvo são os civis

As guerras do passado eram travadas principalmente entre os combatentes. Os conflitos atingiam o vilarejo, passavam por povoados e aconteciam práticas de violência extrema contra inocentes. Mas, o alvo principal era vencer as tropas inimigas.

Agora, nas guerras posteriores aos dois grandes conflitos mundiais deve-se sequestrar o civil. A pessoa pela qual se jurou proteger. O ser humano comum, a pessoa que vive sua vida no dia a dia e não é um estimulador direto do conflito.

Muitos destes inocentes são pegos como escudos vivos, outros são sequestrados. Acabam sendo a soma maior dos corpos que se vê estendidos pelo caminho onde a violência passa.

Difícil de entender o discurso de uma vida melhor após a guerra se o conflito é constante e a condição piora ao longo da batalha. A morte é coisa certa enquanto a promessa era de que haveria esperança e vida.

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