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Caminhoneiros declaram “estado de greve” desde ontem, dia 17. Decidiram durante o II Encontro Nacional dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, no Rio de Janeiro. Dentre as decisões tomadas há possibilidade de paralisação no dia primeiro de novembro. Em especial no Porto de Santos, o principal porto do país.
A decisão foi expressa pelo presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), Luciano Santos. Mas sua fala não foi isolada, outras entidades presentes reforçaram o descontentamento e o interesse em paralisação caso a pauta da categoria não seja atendida. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) também estava presente.
O descontentamento dos caminhoneiros cresceu nos últimos meses após a constante alta no preço dos combustíveis. Outro fator, foi que a pauta de reivindicações da categoria já está no Ministério da Infraestrutura desde o início do governo Bolsonaro e não há sinais de que seja resolvida. Agora, os caminhoneiros deram 15 dias para uma decisão do governo federal.
O que vai acontecer de fato ainda é imprevisível. A conclusão que se pode tirar neste momento é que os caminhoneiros representaram um dos principais apoios ao atual governo e que esta condição pode se inverter. Uma greve dos caminhoneiros colocaria uma economia frágil e com uma retomada tímida em uma tendência de queda vertiginosa.
Mas, a categoria tem uma participação direta de um milhão de pessoas. E muitos brasileiros acabam por endossar o descontentamento com a alta de preços e em especial dos combustíveis. Logo, teremos um início de dezembro decisivo. E os últimos dias de outubro, mais uma vez, tensos.
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