Governo anula decreto que declarava Hotel Bandeirantes utilidade pública
Arquivo/CBN Maringá

Maringá

Governo anula decreto que declarava Hotel Bandeirantes utilidade pública

Cidade por Carina Bernardino em 16/01/2019 - 09:56

Com isto, o prédio não será mais desapropriado e nem transformado em museu. A Prefeitura de Maringá já esperava revogação pela atual administração.

 

O Governador Ratinho Junior anulou o decreto assinado no dia 26 de dezembro do ano passado pela ex-governadora Cida Borghetti, que declarava o Hotel Bandeirantes de Maringá como de utilidade pública. Com isto, o local não será mais transformado em museu. Pelo decreto, o Estado repassaria o valor de R$ 23,5 milhões para o processo de desapropriação do imóvel. O recurso estava previsto no orçamento da Secretaria Estadual de Cultura.

A decisão estadual vem uma semana após Ratinho Junior determinar a revisão de todas as ações normativas legais públicas dos últimos 60 dias. O objetivo é rever os gastos. O prédio histórico do Hotel Bandeirantes foi construído na década de 50 e ao longo dos anos, se transformou em um marco na história da cidade e do Estado. Quando o decreto foi publicado, o historiador João Laércio Lopes conversou com a CBN. Ele reforçou o valor do patrimônio histórico e arquitetônico do hotel.

A reportagem também ouviu moradores, que como o Osvaldo de Oliveira, guardam na memória a história do prédio. Ele até namorou uma funcionária do Hotel Bandeirantes.

A declaração do prédio como de utilidade pública facilitaria o caminho para a desapropriação. A prefeitura também declarou o prédio como de utilidade pública, para evitar a venda e descaracterização, mas o processo de desapropriação não foi iniciado. Para o secretário de Cultura, Miguel Fernando, a revogação já era esperada.

O Hotel Bandeirantes de Maringá começou a ser construído em 1951 e a obra foi concluída quatro anos depois. O Hotel tem seis mil metros quadrados, 66 suítes e 30 vagas de estacionamento. O local já hospedou autoridades, artistas, famosos e viajantes. O prédio já é tombado como patrimônio histórico do Paraná desde 2005.

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