CBN Maringá

Querer não é ser e nem poder?

Empresas querem ser éticas? Bom, antes dessa pergunta há uma afirmação, empresas querem ser lucrativas, viáveis, somente após essa condição pode se pensar em algo mais. 

Outra questão fundamental, a ética é bem vinda desde que fortaleça a lucratividade das empresas ou a amplie. 

Se fala de ética, de responsabilidade social, de preservação ambiental, mas a lucratividade é o fator determinante para o sucesso ou insucesso de programas de humanização, conscientização social e ou ambiental nas empresas. 

A questão é, seria possível conciliar as preocupações éticas, sociais e ambientais com a lucratividade? Seria, mas não é fácil e ao mesmo tempo é necessário uma estratégia eficiente para que isso ocorra. 

Mais que isso, nem todos os envolvidos serão beneficiados da mesma forma. Haverá renúncias, terá que ocorrer ônus para se ter bonus. 

É possível ser diferente?

As empresas terão que mexer em pontos delicados do ambiente humano da empresa. Muitos dos quais repousam tratamentos tradicionais impregnados e que não serão fáceis de serem reorientados, reparados ou eliminados. 

Por isso, nem todos estão preparados para incorporar a ética ao ambiente de trabalho. Por mais que seja fundamental para uma empresa ganhar confiabilidade. Mas, depende de quem são os envolvidos e o quanto estão comprometidos. 

Sim, envolvimento não é comprometimento. Por exemplo, quantos fornecedores estão dispostos a romper contratos lucrativos com empresas que não são éticas? Clientes beneficiados com produtos de empresas com comportamento suspeito abrem mão do produto ou do serviço por este motivo? Quantos fariam isso?

Por isso, o lucro e a ética nem sempre convergem. Deveriam e seriam uma forma eficiente de superar problemas sociais e ambientais. Mas, é uma questão de tempo e de um exercício constante de mudança, do qual não podemos abrir mão.

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