O dado é preocupante porque a queda de espermatozóides tem relação com a saúde do homem. O estudo foi realizado por pesquisadores de Israel, Dinamarca, Brasil, Espanha e EUA. O professor e pesquisador do departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Anderson Andrade, participou da pesquisa e explica que foram analisadas amostras de 57 mil homens coletadas entre os anos de 1973 e 2018. A análise demonstrou uma queda de 50% na quantidade de espermatozóides por ml de sêmen. E esse dado não está associado apenas à fertilidade masculina, mas também à saúde geral do homem, como o aumento de risco de doenças crônicas. Uma hipótese que pode explicar essa queda drástica na contagem de espermatozóides é o estilo de vida moderno: homens cada vez mais sedentários e consumo de alimentos ultraprocessados. O pesquisador alerta também as gestantes: “O estilo de vida da mãe na gestação pode afetar a produção de espermatozóides do filho na idade reprodutiva”, diz Andrade.

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