“Esgotamento físico e mental, mas o mental é o pior”, relata profissional da saúde da linha de frente
Foto: Arquivo/Agência Brasil | Arte: Victor Ramalho/CBN Maringá

Série "Um ano da pandemia do coronavírus"

“Esgotamento físico e mental, mas o mental é o pior”, relata profissional da saúde da linha de frente

Reportagens Especiais por Letícia Tristão em 17/03/2021 - 08:06

Na terceira reportagem da série sobre um ano da pandemia de coronavírus, vamos falar sobre a rotina dos profissionais de saúde. Os soldados dessa guerra lutam agora o momento mais delicado da pandemia. Muitos também foram vítimas da doença. A dificuldade de quem está na linha de frente no combate ao coronavírus.

Uma realidade de exaustão. Cansaço físico, mental e emocional. A batalha diária enfrentada pelos profissionais da saúde no combate à pandemia é um cenário de trabalho árduo, como nunca vivido antes, mesmo pelos profissionais que já estavam acostumados com uma rotina intensa. Um ano após o início da pandemia, a realidade nos hospitais é ainda mais crítica do que se via meses atrás.

Agora, a gravidade do vírus faz os pacientes permanecerem mais tempo internados e com condição mais severa. Falta de leitos. Falta de oxigênio. Mas a situação consegue ser ainda mais cruel: não há mais profissionais de saúde. E aqueles que estão doando a vida, para salvar vidas, estão no limite.

A infectologista Ana Gurgel, atua no combate ao coronavírus em vários hospitais de Maringá. Ao longo desse um ano de pandemia, a esperança de que tudo fosse acabar mais rápido foi se esgotando… e a situação hoje é ainda pior. [ouça o áudio acima]

Os profissionais não diferem mais dia e noite. A rotina exaustiva do hospital acaba indo para casa. [ouça o áudio acima]

Médicos, enfermeiros, técnicos, socorristas… Os profissionais da saúde são os únicos que podem oferecer cuidados adequados aos pacientes, mas também são humanos. Muitos, contraíram a doença. Alguns, não resistiram.

Em todo o Paraná, até a semana passada, 62 mil profissionais da saúde haviam contraído coronavírus no estado e 241 profissionais da saúde morreram vítimas da doença. Em Maringá, foram 12 mortes.

O médico maringaense Jorge Karigyo, trabalhava na linha de frente do coronavírus na UPA Zona Sul. Ele morreu vítima do coronavírus aos 62 anos, no dia 8 de julho do ano passado. A filha dele, tenente Hanna Yuri do Corpo de Bombeiros de Maringá, lembra de como o pai era dedicado ao trabalho e à família.
[ouça o áudio acima]

Apesar do início da campanha de vacinação, a infectologista Ana Gurgel afirma o ano de 2021 será ainda muito difícil. [ouça o áudio acima]

E na próxima reportagem vamos trazer uma análise da economia depois do coronavírus. Alguns segmentos foram fortemente impactados, mas a boa notícia é que alguns setores conseguiram driblar a crise.

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